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Grave Crise na Saúde Indígena do Médio Purus: Coordenador do DSEI é Alvo de Denúncias por Agressão, Assédio e Má Gestão

A situação na Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Médio Rio Purus está atingindo níveis alarmantes. O coordenador do órgão, Antonio Cicero Santana da Silva Apurinã, está no centro de um escândalo após ser denunciado por agredir sua esposa, que o flagrou em uma situação comprometedora dentro do gabinete com uma profissional de saúde. O caso foi registrado com um boletim de ocorrência conforme consta em anexo, e trouxe à tona outras denúncias graves que envolvem o gestor.

Além da acusação de violência doméstica, Cícero já está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e por outras instituições, incluindo a Justiça do Trabalho, por crimes de assédio sexual contra servidoras da instituição. Segundo relatos, as funcionárias que não cederam às investidas do coordenador foram demitidas, enquanto aquelas que aceitaram continuam trabalhando normalmente. Os assédios teriam ocorrido dentro do próprio ambiente de trabalho, nas repartições do Governo Federal, aumentando ainda mais a gravidade das acusações.

O próprio coordenador teria admitido que conta com o apoio do Prefeito Gean Barros para se manter no cargo. Em troca, Cícero teria prometido a locação de um imóvel de propriedade do prefeito, no valor de R$ 48.000,00 (Quarenta e oito Mil Reais) mensais, para abrigar a nova sede administrativa do DSEI. Esse acordo levanta sérias questões sobre a integridade da gestão pública e o uso de cargos para favorecer interesses pessoais.

As lideranças indígenas da região também se manifestaram contra a gestão de Cícero à frente do DSEI. Eles o acusam de má administração e afirmam que a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) tem feito vista grossa quanto as denúncias relatadadas e às irregularidades identificadas.
Diante dos fatos ocorridos as lideranças prometem tomar medidas drásticas, incluindo a ocupação da sede do DSEI Médio Purus nos próximos dias, caso a SESAI não tome as devidas providências. Entre as denúncias feitas estão a falta de atendimento médico, medicamentos e exames básicos, como ultrassonografias e outros. A situação é tão grave que há relatos de indígenas abandonados em canoas nas margens do Rio Purus, sem receber o devido atendimento.

Outro ponto crítico é o aumento de casos de malária na região, que teria subido mais de 80% em 2024 sob a gestão de Cícero. Esse dado reflete o descaso com a saúde indígena e reforça as críticas contra o atual coordenador, que, segundo as lideranças, está jogando a saúde indígena do Médio Purus “na lama”.

Segundo as lideranças indígenas do local, o Prefeito Gean Barros tem se aproveitado da situação para se beneficiar com o contrato de aluguel de seu imóvel, encurralando Cícero por causa de sua má gestão e das denúncias que ocorrem contra o coordenador. Dessa forma, Cícero fica em dívida com o prefeito, que não tem medido esforços para mantê-lo no cargo. Isso demonstra que o prefeito não tem nenhum compromisso com os indígenas.

Exigi-se uma resposta imediata das autoridades competentes para evitar que a crise da saúde indígena do Médio Purus se agrave ainda mais, e garantir que os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e protegidos.

Reportagem: Leonardo Dias (Portal Favorito AM)

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