Política

Escândalos no DSEI Médio Rio Purus: Acusações de Manipulação, Interferência e Assédio envolvem o Ex-coordenador

O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Purus enfrenta uma série de graves acusações, que incluem desde retaliações e manipulação de contratações até casos de assédio moral e sexual. No centro das denúncias está o ex-coordenador Cícero Santana, exonerado do cargo após graves acusações que estão em processo de investigação. As notícias veiculadas continuam a abalar a imagem da administração e levantar questionamentos sobre a gestão do DSEI e dos reais interesses do Governo para os povos indígenas. Fontes internas relatam práticas de favorecimento político e utilização indevida de credenciais, o que gera apreensão sobre a continuidade do atendimento de saúde às comunidades indígenas.

Cícero Santana, exonerado após denúncias de assédio moral e sexual, continua a exercer influência nos bastidores da administração, de acordo com informações de funcionários e lideranças indígenas. Mesmo afastado do cargo, Cícero ainda seria consultado sobre decisões importantes e manteria estreita ligação com aliados, incluindo o coordenador interino Aroldo Moreira, que atualmente estaria promovendo reuniões privadas para definir contratações e demissões. As acusações de assédio moral e sexual que levaram à exoneração de Cícero adicionam uma dimensão de gravidade à situação, expondo um ambiente de trabalho tóxico e coercitivo dentro do DSEI.

Retaliações Políticas e Manipulação de Contratações

As denúncias incluem alegações de retaliação contra médicos e profissionais de saúde que manifestaram críticas à gestão. Segundo relatos, contratos de médicos opositores não foram renovados, em uma tentativa de silenciar os que desafiam as práticas administrativas da gestão. Esse clima de retaliação, combinado com o histórico de acusações de assédio envolvendo o ex-coordenador, compromete a imparcialidade do atendimento e coloca em risco o bem-estar dos profissionais e das comunidades atendidas.

Uso Indevido de Credenciais e Envio de Documentos à Sesai

Uma das práticas relatadas envolve a apoiadora de saúde, que utilizou a senha do então coordenador substituto, Aroldo Moreira, sem autorização para enviar um documento à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que incidiu na suspensão do processo seletivo interno. Esse documento, conforme as fontes, visava garantir vantagens para aliados de Cícero, o que coloca em dúvida a segurança das informações e a integridade dos processos administrativos do DSEI. A situação desperta preocupação sobre o ambiente interno, com práticas que parecem favorecer aliados sem qualquer controle transparente.

Reserva de Vagas para Aliados e Favorecimento Político

Ainda segundo denúncias, a gestão atual estaria reservando vagas no DSEI para inserir aliados de Cícero Santana e Zé Bajaga, com pouco ou nenhum critério técnico, o que levanta suspeitas sobre a competência dos profissionais que serão alocados nas áreas mais vulneráveis. Essa suposta reserva de vagas para aliados pode comprometer a qualidade dos serviços de saúde prestados e prejudicar a já delicada situação das comunidades indígenas do Médio Rio Purus.
Além disso, apontam a participação do presidente do CONDISI nas negociações com o ex-prefeito de Lábrea, em troca de favores e manutenção de sua permanência em um cargo maior no Dsei.

Impacto nas Comunidades Indígenas e Necessidade de Investigação

Os episódios de retaliação, manipulação e assédio denunciados indicam que a gestão do DSEI está longe de atender aos padrões de ética e transparência que a saúde indígena exige. A insegurança gerada pelas constantes mudanças e interferências no quadro de profissionais, somada ao histórico de acusações contra o ex-coordenador, impacta diretamente a qualidade do atendimento. Líderes indígenas expressam preocupação com a saúde de suas comunidades e clamam por uma investigação rigorosa sobre as práticas de contratação e gestão no DSEI.

Apelo por Medidas Rápidas e Eficientes

Diante da gravidade das denúncias, é urgente que as autoridades federais e órgãos de controle realizem investigações detalhadas sobre o DSEI Médio Rio Purus, assegurando que o atendimento de saúde às comunidades indígenas seja conduzido de forma ética e transparente. A situação exige uma resposta clara e medidas para garantir a integridade dos serviços de saúde para os povos indígenas da região, de modo a restabelecer a confiança na gestão do DSEI e proteger o direito à saúde dessas populações.

Reportagem: Leonardo Dias (Portal Favorito AM)

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